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quarta-feira, 14 de abril de 2010

"O tamanho do orgulho" -- ou o "gigante" Miguel Jorge

Já é História: poucos brasileiros podem dimensionar -- sem tê-lo tido -- o que é o Poder como o ministro Miguel Jorge. Tudo bem que Miguel Jorge já foi "chefão" no jornal Estado de São Paulo; tudo bem que Miguel Jorge já foi vice-presidente corporativo da Auto Latina; tudo bem que Miguel Jorge já foi vice-presidente do Banco Santander. É pouco, pouquíssimo -- será que cabe "quase nada"? -- diante do que o ex-operário hoje presidente da República concedeu a Miguel Jorge viver muito recentemente. Não o conheço, mas sei que ele é jornalista simples -- por relatos brevíssimos de duas pessoas que privaram da amizade dele: os também jornalistas Neusa Rocha e Marcos Wilson.

Não o conheço nem sei se Miguel Jorge é/foi "de esquerda" -- mas sei que é do tempo em que até entre jornalistas referia-se aos "estadunidenses" como "gringos". Pois não é que outro dia mesmo Miguel Jorge viveu situação mais que rara para um brasileiro: receber "estadunidenses" bravos como "texanos bêbados" por conta de uma vitória "pequeninha" do "ex-quintal" sobre os Estados Unidos da América do Norte. É encrenca grande como o bigode que acompanha Miguel Jorge há anos. Envolve dinheirama que prefiro nem referir; envolve política de governo, de lá e de cá. "Os gringos" estavam bravos como "texanos bêbados" -- mas não estavam armados nem com a empáfia habitual. Os dedos não apertavam gatilhos; "tamborilavam" acordos para diminuir a vitória "pequeninha" do ex-quintal. "Duvideódó" que Miguel Jorge não tenha sentido orgulho de ser brasileiro nem tenha se sentido "grande".

Tão grande quanto aparece na foto da capa da Folha de São Paulo desta quarta-feira,14 de abril de 2010. A manchete informa que "Obama ignora Lula e pede sanções imediatas ao Irã". Mas a capa do jornal não contempla nem um 3x4 de Obama; quem aparece -- todo pimpão com a camisa da seleção -- é ele, Miguel Jorge. "Duvideódó" que Miguel Jorge não tenha sentido orgulho de ser brasileiro nem tenha se sentido "grande".

Intelectuais verdadeiros e falsos e dândis de matizes variados a-do-ram citar que "o nacionalismo é o último refúgio dos canalhas". É legítimo, como "chorar na rampa"... Não conheço Miguel Jorge, mas cobro que volte "às pretinhas". Miguel Jorge tem um que escrever o que e como um brasileiro simples como ele se sentiu diante dos "estadunidenses bravos como texanos bêbados -- mas certamente cordatos como todos os bêbados servis -- e do homem que -- lá da Pérsia -- toma de Obama, com ele, Miguel Jorge, o espaço do presidente dos Estados Unidos na capa do jornal do "ex-quintal".

Não conheço Miguel Jorge, mas imagino que o texto dele tenha refinamento o bastante para ser publicado na Revista Piauí, porque -- também é legítimo, como "chorar na rampa" -- nem todos os canalhas têm o nacionalismo como último refúgio. "Duvideódó" que Miguel Jorge não tenha sentido orgulho de ser brasileiro.

Saudações guanabarinas e rubro-negras...