Total de visualizações de página

quinta-feira, 11 de março de 2010

Isto é democracia?

Oito anos de governo comandado por um ex-professor e oito anos de governo comandado por um ex-operário. Dezesseis anos de "democracia". Será mesmo, gente que faz parte de uma parte minúscula da sociedade? Refiro a gente que vive nos e dos gabinetes e ante-salas dos profissionais da política -- profissão que dá aposentadoria depois de dois mandatos, ou oito anos. Como assim, democracia?
Que democracia é esta, gente, que nem depois de dezesseis anos de governos ditos "democráticos" -- quase um quinto de século num país de cinco séculos -- o Estado paga o que deve a quem o sustenta? Refiro os precatórios. Alguém aí sabe dizer quantos são os brasileiros engambelados pelos precatórios? Temos precatórios municipais, estaduais e federais. Eu só sei que não é democrático o Estado demolir casa e não pagar o que se comprometeu para garantir a demolição -- quando a demolição não se torna simplesmente destruição por erro técnico de terceiros contratados pelo Estado e pago com dinheiro de quem teve a casa destruída. Neste caso, estão os brasileiros vítimas do erro técnico na obra do Metrô de São Paulo -- para citar um dos casos mais recentes. O erro resultou numa cratera que engoliu construções e gente. Será que o Estado já pagou o que deve para todos? Duvideodó... Há precatórios "pendurados há mais de vinte anos". Alguém aí sabe dizer quantos são os brasileiros já mortos e enterrados com precatórios de um Estado guloso na coleta de impostos como poucos? Como assim, democracia?

Cadê a Ordem dos Advogados do Brasil? Por quê a OAB não lidera campanha nacional pelo pagamento dos precatórios -- de todos os precatórios? Cadê o Suprtemo Tribunal Federal? Por quê o STF não submete -- sim, submete -- o Estado -- os três níveis de Estado -- a pagar os precatórios devidos? Com todo o respeito, mas por respeito cidadão e democrático, bem que o presidente do STF poderia se empenhar em submeter o Estado a pagar os precatórios devidos -- todos os precatórios. Faria muito mais politicamente pela democracia da República do que -- por quê não? -- bater-boca sobre política com o ex-operário que hoje está presidente.
Que democracia é esta, gente, se depois de dezesseis anos de governos ditos "democráticos" chefiados na primeira metade por um ex-professor e na segunda por um ex-operário não temos um meritíssimo que tenha filho, neto, bisneto, sobrinho matriculado numa Escola Pública? Será que temos filho, neto, bisneto, sobrinho de ministro de Estado numa Escola Pública? Vale o mesmo para secretários de estado, deputados federais, senadores. Todos falam o tempo todo em melhorar a qualidade do ensino público. Sim, gente: para o salário dos professores nunca há dinheiro -- porque verba é eufemismo. De fato, hoje, chamar de "salário" o que o Estado -- nos três níveis -- paga para os mestres chega a ser " ironia de dândis do terceiro milênio". Se esta gente colocar filhos, netos, bisnetos, sobrinhos na Escola Pública a qualidade do ensino "periga" melhorar em um único ano -- e sem que o Estado gaste sequer com salário dos mestres -- se é que me entendem. O escrito nas doze linhas deste parágrafo vale " tim-tim-por tim-tim" para a Saúde Pública.

Que democracia é esta, gente, se a República tem "castas"?

"Na buena" -- e como diria o ex-professor que tem "um pé na cozinha", a "ladainha da democracia" não passa de rematado "nhém-nhém-nhém". O "buraco" da Democracia é muito mais embaixo.

Saudações guanabarinas e rubro-negras...

Nenhum comentário:

Postar um comentário